Neste artigo você vai descobrir quais são os 5 medos básicos, que todos nós sentimos, e por que você sente mais medo de uma coisa e menos de outra. A origem dos cinco medos básicos está gravado no nosso corpo e pode ser explicado através dos 5 traços de caráter ou traços corporais.
Conteúdos:
- A Dor da Rejeição e o Traço de Caráter Esquizoide
- A Dor do Abandono e o Traço de Caráter Oral
- A Dor da Manipulação e o Traço de Caráter Psicopata
- A Dor da Humilhação e o Traço de Caráter Masoquista
- A Dor da Traição e o Traço de Caráter Rígido
- Na prática: a diferença entre dois traços corporais
Os 5 Medos Básicos
Os cinco medos básicos são: rejeição, abandono, humilhação, manipulação e rejeição. Mas de onde eles surgiram e por quê? Cada um destes medos teve origem em um trauma causado em um dos 5 estágios do processo de mielinização. Isso desde que somos um bebezinho dentro da barriga da mãe até a primeira infância. Esses medos são tão profundos e marcantes que impactam o resto de nossas vidas.
Por que alguém sente um profundo medo de ser traído, enquanto outro sente-se profundamente constrangido e humilhado quando uma coisa dá errado? A resposta está na análise corporal e nos 5 traços corporais gravados em nosso corpo.
Vamos agora entender o desenvolvimento de cada traço de caráter e a razão e consequência do seu maior medo. Assim, você vai ganhar autoconhecimento, aprender a como lidar melhor com seus desafios, vencer o medo e progredir com confiança em direção ao seu sucesso!
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A Dor e o Medo da Rejeição
O primeiro traço corporal que se desenvolve é o esquizoide. Ele ocorre no momento da gestação, quando o bebê sente a dor da rejeição.
Essa dor fica registrada no sistema nervoso dele quando a mãe passa por algum problema na gravidez, algum desconforto intenso que altera o estado emocional e fisiológico da mãe. Isso faz com que o corpo dela mande menos sangue para o útero, deixando-o frio, duro e desconfortável para o bebê. Então, a criança ali dentro do ventre, se sente rejeitada.
E como nesta fase, a mielinização está concentrada no cérebro, o bebê não tem nenhum recurso a não ser pensar, criar e imaginar. Ao usar as suas capacidades mentais como mecanismo de defesa para a sensação de rejeição, acaba reforçando justamente essas capacidades – pensamento lógico, imaginação e criatividade.
A criança faz isso apenas para não se mexer. É como se não quisesse lembrar a mãe que está grávida, para evitar que o útero fique desconfortável.
São diversos os problemas que a mãe pode ter durante a gestação.
Um relacionamento ruim com o pai do bebê ou com a família, talvez alguma doença, talvez o dinheiro não seja suficiente, tenha perdido o emprego ou ainda enfrentando o luto. Enfim, alguma coisa difícil está acontecendo naquele momento da gestação, no mundo da mãe, que afeta o mundo interno do bebê. O bebê sente isso e se sente de alguma forma rejeitado. Mas perceba, essa sensação não tem nada a ver com a intenção da mãe.
A sensação de rejeição (a dor) fica registrada na mente da criança que desenvolve recursos na tentativa de evitar a dor. Por isso, criar, pensar e imaginar são as maiores habilidades de quem tem o traço esquizoide mais marcante.
O Medo da Rejeição molda o Corpo com Evidência do Traço de Caráter Esquizoide
É curioso como esse trauma da rejeição na barriga da mãe dá forma e fica gravada no corpo de quem tem traço esquizoide mais marcante. O seu formato do corpo é mais alongado e magro, pois a energia consumida está concentrada na cabeça.
Além disso, o corpo tem quinas (é pontudo) justamente para afastar ou evitar o contato físico. E o olhar geralmente evita o contato direto, se esquiva. Ele quer se esconder do mundo, quer existir sem existir, por isso cria o seu próprio mundo imaginário.
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A Dor e o Medo do Abandono
O traço oral se desenvolve na fase da amamentação, que é quando a criança, por vários motivos, se sente abandonada. A dor do abandono vem dessa fase onde dependemos da mãe para tudo e, mesmo a mãe se dedicando integralmente para cuidar do bebê, às vezes pode não ser suficiente.Nesta fase, o bebê tem um recurso diferente do que o traço esquizoide, pois consegue chorar e gritar, já pode se comunicar! Então, o recurso que a criança usa nesta fase é a comunicação. Por isso, a comunicação é a principal habilidade que o traço de caráter oral desenvolve e continua usando a vida inteira. O que pode ser notado já nas crianças com predominância do traço oral é a sua capacidade de se conectar com o outro e uma sensibilidade à flor da pele.
A dor do Abandono molda o Corpo com evidência do Traço de Caráter Oral
Orais são pessoas muito sentimentais e, diferente dos esquizoides, não são muito práticas e objetivas. O traço esquizoide é muito do pensar e o traço oral é muito do sentir.
O sistema nervoso dos orais se desenvolve de forma a evitar sentir a dor do abandono de novo. Orais querem ser vistos e querem se conectar. Por causa disso desenvolve um corpo mais arredondado, com aspecto mais infantil e meigo, olhar doce, bochecha saliente e sorriso cativante. Pessoas do traço oral são envolventes e espontâneas.
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A Dor e o Medo da Manipulação
À medida que a mielinização avança, a criança ganha mais percepção, sensibilidade e controle do corpo, principalmente na parte inferior. E é nessa fase que desenvolve o traço corporal psicopata, quando a criança começa a engatinhar, sentar e dar os primeiros passos.
A criança começa a interagir muito com as pessoas e percebe que ela tem “mais valor pelo que ela faz, do que pelo que ela é”. Porque geralmente nessa fase a criança começa a fazer coisas legais e engraçadas (fase do “bilu-bilu” e charminho). Daí os adultos ficam encantados, aplaudem, estimulam e querem que a criança faça mais essas coisas. Então, a criança sente que ela é amada quando ela faz o que os outros querem. E quando ela não faz, não tem a mesma atenção. Por isso se sente manipulada, essa é a dor desse traço.
Ela sente mais ou menos assim:
“Se eu faço o que você quer, você me ama e eu tenho valor. Se eu não faço, você não me ama e eu não tenho valor”.
Então, para não se sentir manipulado naquele ambiente, esse traço desenvolve a capacidade de articular, de negociar, de convencer e persuadir. Essas tornam-se as suas maiores habilidades ou recursos na vida adulta.
A dor da Manipulação molda o Corpo com evidência do traço Psicopata
Quem tem maior proporção do traço corporal psicopata sabe exatamente o que fazer para ganhar mais a atenção do papai e da mamãe, mas principalmente sabe o que falar quando faz algo errado e é repreendido. Por exemplo, a criança desobedeceu a mamãe, e quando ela vai repreendê-lo, a criança olha para ela e diz: “Te amo, mamãe!”, derretendo o coração dela, que acaba relevando a desobediência.
Os Traços Psicopatas querem dominar e liderar, querem falar mais do que ouvir e ter a razão, querem manipular para não se sentirem manipulados. Por isso desenvolvem um formato do corpo com aspectos triangulares maiores em cima e menor embaixo, um olhar avaliador e um sorriso maroto.
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A Dor e o Medo da Humilhação
A mielinização continua avançando e chega na região lombar, onde a criança começa a ter mais controle dos esfíncteres para segurar o cocô e o xixi. Inicia aqui a fase do desfralde e o desenvolvimento do traço masoquista.
Entretanto, no início do desfralde, a criança ainda não entende e não consegue controlar com tanta eficiência as suas necessidades fisiológicas. Então quando enche a barriguinha, ela faz cocô e/ou xixi, e vaza nas calças.
Ela começa a perceber que as pessoas têm uma expectativa que isso não aconteça, mas sempre que acontece ela é cobrada, percebe que decepcionou e sente-se humilhada, essa é a dor do masoquista.
A criança foi cobrada por algo que ela não dava conta de fazer, só que os pais e as pessoas em volta esperavam que a criança desse conta, porque ela recebeu um comando. Ela recebeu a orientação e a instrução que quando quisesse fazer cocô ou xixi era só avisar o papai ou mamãe, mas ela faz na calça porque ainda não tem total capacidade e sensibilidade de controle do sistema nervoso.
Enquanto ela é cobrada, ela sente que falhou, que decepcionou e se frustra com a expectativa do outro que não foi alcançada. Mesmo os responsáveis não tendo a intenção de humilhar, a criança se sente humilhada. Como ela não quer fracassar de novo, ela desenvolve um recurso: a capacidade de lidar com coisas difíceis, por isso se torna resiliente, forte e consistente.
A dor da Humilhação molda o Corpo com evidência do traço Masoquista
Este traço desenvolve métodos com a intenção de não errar, de não falhar para se sentir seguro. São pessoas fortes que sentem muito, mas guardam para elas o que sentem. Os masoquistas são excelentes executores, mas não são rápidos, não espere velocidade deles.
O corpo do traço masoquista desenvolve aspectos quadrados, fechados e trancados para se proteger. Por exemplo, o bumbum tem as nádegas trancadas e tensionadas para segurar o cocô. A musculatura do corpo é densa, o olhar passa sensação de medo ou raiva.
Assim como os Orais, os Masoquistas são muito sensitivos. Porém, diferente dos Orais, têm muita dificuldade com improviso, por isso sempre precisam de um ‘script’.
Quer saber mais sobre as dificuldades e sobre as habilidades do traço masoquista nas diversas áreas da vida? Veja esses artigos:
- Como lidar com filhos organizados e metódicos – traço masoquista
- Como lidar com chefe metódico (traço masoquista)
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A Dor e o Medo da Traição
O último traço de caráter é o rígido, que se desenvolve quando a mielinização chega no final da medula espinhal, na região da coluna sacral. Essa é a fase do surgimento da sexualidade infantil, quando a criança começa a ter a percepção e sensibilidade na genitália. O que antes era algo que só servia para fazer xixi e cocô, agora ela sente umas cócegas, uma espécie de choquinho mágico que traz uma nova sensação para aquela região do corpo.
Nessa fase a criança percebe que no mundo as pessoas vivem em pares, é o que Freud chama de triângulo de Édipo. A criança em sua simplicidade e ingenuidade, apresenta amor pelo genitor de sexo oposto e rivalidade com o do mesmo sexo. Ou seja, a menina quer fazer par com o pai e o menino com a mãe, porque todo mundo tem um par e ele não quer ficar sozinho.
Só que a mamãe já é o par do papai e vice-versa. Então, a criança sente a dor da traição, a dor da exclusão, onde o menino se sente traído pela mãe, por exemplo. “Ela disse que ele era o seu principezinho, mas na hora de dormir ela fica no quarto com o papai”. E o mesmo ocorre com a menina, que se sente trocada pelo pai. O medo da traição fica gravado na mente e no corpo dos que têm o traço rígido. Então, a pessoa não quer perder de novo, porque perder dói. Como um mecanismo de defesa natural, os rígidos se tornam hábeis na competição, da agilidade, do perfeccionismo desde pequenos.
A dor da Traição molda o Corpo com evidência do traço Rígido
O traço corporal rígido tem medo de perder e ser trocado, eles enxergam o mundo em um triângulo e estão sempre tentando saber qual é a outra opção da pessoa. Vive se comparando e sofre por se sentir comparada. Com medo de perder, esse corpo se enrijece para se tornar competitivo e atraente.Também por causa da explosão hormonal, o corpo se molda de forma harmônica, ganhando curvas e delineados atraentes com aspecto mais atlético, o olhar tem intenção ou conexão sedutora e os lábios são bem desenhados. Diferente dos masoquistas, os rígidos são absolutamente ágeis e velozes, estão sempre competindo para ganhar em primeiro lugar.
Quer descobrir mais sobre o universo dos rígidos, leia estes artigos:
- Educar filhos competitivos – traço rígido
- Como lidar com chefe competitivo (rígido)
- Qual é o estilo de liderança do rígido
- Profissional: Ambiente de crescimento para o traço rígido
Por que você tem mais um medo do que outro? A diferença entre dois traços corporais?
Ao longo desse artigo você deve ter se identificado mais com um medo, com um traço de caráter, do que com outros. Isso é normal, porque cada um de nós tem uma dose diferente de cada traço. Somos únicos!
Então, cada traço contribui um pouco com quem nós somos, como agimos, sentimos e pensamos. E para te deixar curioso, com vontade de saber mais sobre como cada traço de caráter funciona, vou deixar um ‘spoiler’ aqui!
Olha que interessante esse comparativo entre a preocupação de dois traços: masoquista x psicopata
- O masoquista está sempre se preocupando com a expectativa do outro, pois a expectativa do outro pesa muito para ele. Ele morre de medo de falhar e decepcionar, por isso tem sempre o plano A, B, C para se sentir seguro.
- Já o psicopata está sempre preocupado com a intenção do outro, porque para ele não existe “almoço grátis”. Ele sabe que as pessoas sempre querem alguma coisa em troca e ele não quer ficar devendo favor, então fica sempre na defensiva e prefere dominar para não ser dominado.
Percebe a importância de conhecer a diferença entre e o modo de pensar, sentir e agir de cada traço?
Para saber qual traço domina o seu centro de comando mental, é preciso fazer o mapeamento do seu corpo, ou seja, a Análise Corporal. Através dessa análise, você tem acesso ao seu Manual de Funcionamento, descobre a porcentagem que você tem de cada traço.
Descubra a combinação única que moldou o seu corpo, formou a sua identidade e tornou quem você é. A análise corporal explica detalhadamente como você funciona e eu te ajudo a ativar os seus recursos para tomar decisões importantes na sua vida pessoal e profissional.
Referências: O Corpo Explica
Até a próxima!